Havia um cara que, dizem, teria nascido de uma
virgem. Nascido de descendentes dos reis legítimos, em um período em que seu
país encontrava-se na mão de ursupadores, nem um pouco ligado às tradições
religiosas ou ao bem do povo.
O nome pelo qual passou a ser conhecido no
Ocidente, embora na verdade falado em outra língua, lembra o conceito grego de
Christhos, ou os radicais presentes no "Espírito Crístico"
Várias profecias indicavam que este menino poderia
vir a ser o Rei, embora alguns achassem que isso seria no sentido religioso, e
outros, no sentido político.
As pessoas esperavam um salvador. Este seria uma
encarnação do segundo aspecto de Deus, que é um só, mas se divide em três.
O rei ursupador, de família ilegítima, mandou MATAR
todos os primogênitos, forçando os pais do salvador que fugissem com ele.
Foi criado de forma aparentemente humilde, mas dava
mostras de sua sabedoria. Deixava escapar também traços de erudição que
indicavam educação primorosa (talvez patrocinada pelos que apoiavam a família
real que tenta voltar ao trono).
Após uma infância pouco documentada, deu algumas
mostras de seu poder na adolescência.
Após mais algum tempo, em idade adulta jovem, se
revelou como presença divina. Sua presença coincide com uma época de grandes
conflitos. Durante esta fase de ocupação de suas terras e tentativas de
revolução, faz questão de deixar claro que precisamos separar o que é de Deus,
notando que o impermanente não é deste mundo.
Quebra paradigmas, ensina morais estranhas, faz
questão que cada um cumpra o que é seu papel. Ensina, literalmente, que ELE é o
CAMINHO até o Pai. Que é necessário fazer os trabalhos, mas que podemos ofertar
a Ele, nos unirmos a ele, que é Caminho, que é Verdade. Não porque ele seja
egóico, mas porque ele está ligado com o Criador. E é dificil para nós nos
ligarmos com o intangível, mas dá para nos ligarmos com um salvador conhecido.
Como ele é ligado a Deus, nos ligando a ele pegamos "carona"...
Acaba sendo morto ainda jovem, de forma trágica,
pouco depois de sua revelação como Presença Divina.
Não escreve nada, mas alguns registram parte da sua
vida, especialmente as próximas da morte, onde despeja toda a sua sabedoria. Os
trechos registrados são pequenos, mas capazes de mudar nossa noção religiosa de
causa e conseqüência, trazendo nova luz sobre a natureza do espírito, e sua
sobrevivência ao corpo.
Os poucos capítulos sobre sua vida em presença
divina são inseridos, como parte das escrituras sagradas, e são traduzidos para
praticamente todas as línguas do mundo. (11) O livro com a vida do Deus Vivo é
mais popular e citado, individualmente, do que a própria obra religiosa maior
que o contém.
Antes de morrer, deixa claro que irá voltar, no
futuro. Fazem religião em seu nome, mas ele mesmo nunca foi adepto destes
preceitos religiosos, até porque nunca fundou religião alguma, nunca foi
moralista, nunca foi de trocar sabedoria por rituais, e não podia freqüentar o
que só fizeram depois dele.
Conhece esta história? Coincidência ou não, estamos falando de Krishna, que viveu em 3.000 a.C., na
Índia.
Escrito por Lázaro Freire
Certa vez, para dar uma lição de humildade,
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Lord Jesus And Lord Krishna by Sundara Fawn
Daniel Bastos
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