sexta-feira, 19 de outubro de 2018

É a jornada interna que importa - o labirinto como símbolo da busca de Si-mesmo e de Deus.

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A origem oculta da palavra labirinto vem do Latim "Labor-Into", 
        ou trabalho íntimo, trabalho interior. 
E não é à toa.
Buscar a si mesmo é um Labirinto Sagrado.
Um trabalho interior sagrado.

Os labirintos vêm de épocas muito antigas, no Antigo Egito, por exemplo, foram encontrados no formato quadrado e retangular. Os labirintos em formato circular surgiram somente por volta do século VII a. C. É um espaço criado de forma artificial, com diversas passagens e caminhos, deixando a pessoa muito confusa em encontrar a saída, por vezes sentindo ser quase “impossível” encontrá-la. Contudo a finalidade de um labirinto pode ser justamente  auxiliar o indivíduo a encontrar o caminho para fora, mas não de um jeito fácil. Bem semelhante a nossa jornada de vida não é?

Antigamente, os labirintos eram também usados como uma armadilha. Já os medievais, o tinham como forma de representação do caminho do homem para Deus, tendo inclusive a presença de labirintos nas Catedrais como é o caso da Catedral de Chartres na França.
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Há muitos detalhes a respeito da magnífica Catedral que enriquecem o sentido simbólico do labirinto. Conta-se que ela fica localizada sobre restos arqueológicos de outras igrejas, ou mesmo de um templo romano, ou ainda acima também de um poço druida, que ainda pode ser visto ao visitar-se a cripta da catedral. Assim, esse labirinto conecta-se com uma série de outros elementos simbólicos que despertam arquétipos de nosso  inconsciente coletivo. 

O mundo exterior é forma de mudança de energia, uma mera ilusão. Sua vida interior, suas estradas internas, carregam a marca da eternidade. Você tem o universo. Você tem o divino. Você é consciência. Tudo que você vê, observa, observa, ouve, come, ri, tira sarro, gosta e não gosta, resiste e se entrega é o universo se vendo, se compreendendo e se reconhecendo. 

Atravessar o marco que separa o labirinto do mundo exterior pode ser um desafio para o caminhante. Depois de iniciados os primeiros passos há o desafio da fé de que vale a pena prosseguir. Essa crença implica em esperança, embora haja a indefinição do trajeto que está por vir. As dobras e aparentes retornos são também um desafio à paciência, ao relaxamento, à espera.

Você, como a carta de tarô do Tolo , está em uma jornada, busca e aventura. A jornada de quem você é, como um círculo sagrado, o levará de volta.  

No labirinto de Chartres, o caminho, de ida é o mesmo da volta. No entanto, para aquele que caminha existe a impressão de ter ido por um caminho e voltado por outro. É forte a sensação de se ter entrado por uma passagem e de se ter saído por outra. Esse é um dos efeitos decorrentes do engenhoso desenho do labirinto. Esse desenho possui o que é chamado de "geometria sagrada" e remete à possibilidade de "transcender" seus próprios traçados e apontar para significados que estejam além da realidade imediatamente captada pelos sentidos. 

Sua jornada começa com você. Isso termina com você. Você pode viajar para as margens do seu quintal ou para os confins do mundo. É a jornada interna que importa. Todo o resto? Sombras e poeira. 

Cada dia que você acorda, o mistério de quem você é se desdobra um pouco mais. Você avança, para trás ou para os lados no seu caminho, mais perto ou mais longe de seus objetivos. Você acelera no controle de cruzeiro às vezes. Outras vezes, você se encontra perdido em moitas espinhentas ou ofegando por ar em areia movediça. 

No labirinto interno você descobre que existem variações múltiplas de si mesmo. Traços da sua personalidade, impressões que você construiu ao longo do caminho. Todos estão lá. É bem o que expressava o grande poeta Fernando Pessoa: "Cada um de nós é vários, é muitos, é uma prolixidade de si mesmos".

"Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.

Como o panteísta se sente árvore e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
(Fernando Pessoa)
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Todos nós instigamos causa e efeito com nossas ações e reações. Nós enchemos o mundo com nossa energia. Nós gastamos isso com sabedoria nas coisas que amamos, reinvestindo energia em nós mesmos ou dando para outras pessoas e coisas. 

Cada dia da nossa vida, nos aproximamos da morte. A rica colheita de agosto e a luz dourada se rendem às sombras cada vez mais profundas do equinócio de setembroVale a pena se render. Não é fácil, mas é lindo. É por isso que estamos aqui. Pratique a arte da rendição. Se você deixar a passagem de Verão para o Outono ser o seu professor, você se torna mais do que você fora do tempo linear.

Um mapa é essencial para qualquer jornada. Nos dias de hoje, usamos mapas de telefone celular que se encaixam perfeitamente na palma de nossas mãos. Se você estivesse por perto na década de 1970, você se lembraria de mapas de viagens gigantes encontrados em poltronas de vinil e nos compartimentos de luvas empoeirados do carro dos viajantes. 

Os povos antigos faziam mapas de rolagem manualmente. Homens e mulheres olhavam para o firmamento antes da invenção do papel. Constelações em um céu noturno cristalino e livre de poluição foram usadas como guia, enredo e plano. Mapas nos mostram paisagens; eles revelam a configuração da terra para que possamos nos orientar. Os mapas nos informam onde encontrar coisas como postos de gasolina, lojas de conveniência e a casa de nossos amigos. 

No entanto, os mapas mais emocionantes, os mapas mais raros, desejados e cobiçados, mapas pelos quais as pessoas derramaram sangue e perderam suas vidas, são mapas do tesouro. Se você está procurando o mapa do tesouro de sua alma, não procure mais do lado de fora. Olhe para dentro.

 É mais fácil pensar no labirinto como algo que está ali como uma espécie de jogo, de truque ou armadilha. Difícil é achar que pode ser uma ferramenta, um instrumento de quebra da rotina, um espaço sagrado só seu.

Sua resposta à espiritualidade, ao sobrenatural, à criatividade, etc., é interior e altamente pessoal. Não há duas pessoas que experimentem o mistério da mesma maneira. O amor, especialmente o amor novo, nos enche de sentimentos de drogas semelhantes à endorfina. É uma sugestão, um suspiro do amor extático que te criou. Uma vez que você realmente "vê" um ao outro e se reconhece, como o beijo de um amante, um Big Bang explode. Seu Big Bang interior acontece sempre que a profundidade das coisas essenciais da existência vibram em você.

Você se encontra respondendo a velhos hábitos e comportamentos de uma maneira diferente. Padrões mudam. Os velhos desafios estão com uma clareza e soluções súbitas. Você se torna mais de quem você é. O mistério de quem você é desdobrado. As sementes de tudo o que você é, tudo que você precisa, está bem ai. Sua psique, espírito, paixões e corpo formam um kit auto-sustentável com muito do que você precisa. 
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Espero que você cuide do jardim da sua alma. Espero que você faça uso dos presentes envolvidos e confiados profundamente dentro de você. Que seus presentes lhe tragam alegria. Você faz do mundo um lugar mais bonito, compartilhando-os. Eu espero que você permaneça fiel ao seu caminho.



labirinto da
“Estamos todos no caminho, 
exatamente onde precisamos estar” 





desejo felicidadeS🙈🙉🙊

'MEMENTO MORI'💀




Daniel Bastos



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