sexta-feira, 26 de outubro de 2018

O homem de barro - as descobertas da ciência apontam para a crença da criação como dizem diversas culturas.

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Cientistas norte-americanos afirmam que o que reuniu as moléculas orgânicas da Terra primordial em uma única membrana, que levou à formação de um esboço de célula, pode ter sido uma fôrma de argila. (Leia a matéria completa)
Em 1985, o New York Times já anunciava os avanços na compreensão do papel do barro/argila nos processos que conduziram à vida na Terra:
"A argila possui a capacidade de armazenar e transmitir energia, duas propriedades básicas essenciais à vida. Portanto, os cientistas concluem que o barro poderia ter atuado como um "fator químico" para transformar matérias-primas inorgânicas em moléculas mais complexas."
O que nos leva a pensar que todas aquelas lendas sobre a criação do homem podem ter um GRANDE fundo de verdade:
O segundo capítulo do Gênesis nos diz "Então Elohim modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente." E foi criado o Adão, que não é UMA pessoa, e sim uma coletividade. Na tradição cabalística judaica há a figura do Golem, que é um ser humano criado (por alguém que seguiu certos procedimentos místicos) do barro para ficar trabalhando para o seu criador.
Os Onondagas contam a história da criação assim: o grande cacique das pradarias celestiais cansou-se de sua mulher e lançou-a às infinitas águas turvas. Ela pediu ajuda aos animais marinhos para que retirassem o barro do fundo do mar. O sol secou o barro e pôde instalar-se nele a Mulher celestial, ou a grande mãe Terra.
Os Maias concebem a criação em 13 etapas. Na primeira, Hunab Ku, o Deus uno, fez-se a si mesmo e criou o céu e a terra. Na décima terceira, tomou terra e água, misturou-os e desse modo foi moldado o primeiro homem.
Segundo a mitologia grega, o Titã Prometeu apanhou um bocado de argila e molhou com um pouco de água de um rio. Com essa matéria fez o homem, à semelhança dos deuses, para que fosse o senhor da Terra. Atena, deusa da sabedoria, insuflou naquela imagem de argila o espírito, o sopro divino.
No Egito um baixo-relevo em Deir el-Bahari e outro em Luxor apresentam o deus Cnum modelando sobre a roda de oleiro os corpos respectivamente da rainha Hatshepsout e do Faraó Amenofis III; as deusas colocavam sob o nariz de tais bonecos o sinal hieroglífico da vida (Ankh), para que a respirassem e se tornassem seres vivos.
Entre os Maoris da Nova Zelândia conta-se o seguinte episódio: um certo deus (conhecido pelos nomes de Tu, Tiki e Tané) tomou argila vermelha à margem de um rio, plasmou-a, misturando-lhe o seu próprio sangue, e dela fez uma cópia exata da Divindade; depois, animou-a soprando-lhe na boca e nas narinas; ela então nasceu para a vida e espirrou.
No texto sumério da criação, vemos que o primeiro homem (Adamu) foi criado a partir de uma porção de barro misturado ao sangue dos "Deuses". Após o sucesso do primeiro homem, foram criados mais 14 (sete homens e sete mulheres).
No poema babilônico de Gilgamesh conta-se que, para criar Enkidu, a deusa Aruru "plasmou argila". Na lenda assiro-babilônica de Ea e Atar-hasis, a deusa Miami, intencionando criar sete homens e sete mulheres, fez 14 blocos de argila; com estes, suas auxiliares plasmaram 14 corpos; a deusa rematou-os, imprimindo-lhes traços de indivíduos humanos e configurando-os à sua própria imagem.
No judaísmo é famosa a lenda do Golem, criatura animada (trazido à vida através de um processo mágico) feita de lama/barro.
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Segundo o mestre em ciÊncia Everton Alves no seu texto  "A origem da vida pode mesmo estar no barro[*]": 

"o químico Dr. Edwin Emery Slosson (1865–1929) ficou fascinado ao constatar a coerência da afirmação bíblica ao encontrar uma precisão química entre os elementos presentes no barro e no corpo humano: “No pó da terra há dezesseis elementos químicos diferentes, e no corpo humano há esses mesmos dezesseis elementos químicos!”[1] Slosson fez essa afirmação, destacando que havia ainda outros elementos a serem descobertos e que apesar de seus esforços, ainda não havia conseguido identificá-los.

Décadas mais tarde, o biólogo terrestre Dr. Kevin Lee Griffin, em um de seus artigos intitulado “A composição elementar da vida”, classificou 26 elementos químicos do solo que também estão presentes (em quantidade variável) na composição do corpo humano.[2] Portanto, conforme afirma o rabino Tzvi Freeman: “Evolução e Gênesis ambos concordam que o homem começou como um punhado de barro. 

A evolução diz que se você deixar barro suficiente por tempo suficiente, aquilo terminará se tornando um ser humano que vai construir computadores e naves espaciais. O Gênesis diz que você precisa de uma força inteligente para que isso aconteça.”[3]

Em 2003, uma pesquisa publicada na revista Science sugeriu que, tal como é relatado na Bíblia, a vida na Terra possivelmente tenha surgido do barro.[4] Cientistas afirmaram ter conseguido reunir elementos do barro que são fundamentais no processo inicial de formação biológica. Entre eles, uma substância chamada “montmorillonite” que participa da formação de depósitos gordurosos e ajuda as células a compor o material genético chamado RNA (ácido ribonucléico), indispensável para a origem da vida.

Segundo os cientistas, a argila ou o barro podem ser catalizadores das reações químicas para a criação do RNA a partir dos nucleotídeos. Também descobriram que a argila acelera o processo de criação de ácidos graxos nas vesículas, elementos essenciais para a síntese de RNA. Para os pesquisadores, “a formação, crescimento e divisão das primeiras células pode haver ocorrido como resposta a reações similares de partículas minerais e agregados de material e energia”.[5]

Em 2013, outro estudo indicou que alguns tipos de argilas (barro) facilitaram a geração espontânea de vida (moléculas orgânicas) da matéria inanimada há [supostos] milhões de anos.[6] A argila contém uma série de minerais, tais como alumínio, silício e oxigênio, e sua composição forma uma substância chamada “hidrogel”. 

Esse polímero facilitaria a síntese de proteínas, DNA e demais componentes que tornam uma célula viva. Nos testes em laboratório, esses hidrogéis de argila apresentaram uma função de confinamento (lugar seguro e protegido) para biomoléculas e reações químicas, pois essas moléculas orgânicas tendem a aderir à superfície da argila, evitando sua degradação por enzimas “nucleases” (consideradas prejudiciais).[7]

Diante disso, uma questão pertinente levantada pelo jornalista Michelson Borges é: “De onde veio esse barro?”[8] Como podemos ver, a ciência nos diz que é possível a vida ter se originado do barro. Porém, não pode nos dizer como isso aconteceu. Embora pessoas estudem a origem da vida e do Universo, ainda há muitas coisas que não serão reveladas. 

Mas em relação a essa, a revelação já nos foi dada (embora seja ignorada) e pode ser encontrada em Jeremias 27:5: 

“Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com o Meu grande poder, e com o Meu braço estendido...”



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Daniel Bastos


ReferÊncias:

[*] ALVES, Everton Fernando. A origem da vida pode mesmo estar no barro. In:________. Revisitando as Origens. Maringá: Editorial NUMARSCB, 2018, p.99-101.


[1] Wroth M. In the Editor’s Mailberg. "Counter evidence" (February 28, 1964). Eugene Register-Guard Newspaper, Eugene, Oregon, United States. Disponível em: https://news.google.com/newspapers?nid=1310&dat=19640228&id=-_tVAAAAIBAJ&sjid=E-MDAAAAIBAJ&pg=4893,5862506&hl=pt-BR

[2] Griffin K. "The elemental composition of life." Disponível em:http://eesc.columbia.edu/courses/ees/life/lectures/lect21.html

[3] Freeman T. “A teoria da evolução combina com o judaísmo?” Chabad.org, 2012. Disponível em:http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1759826/jewish/A-Teoria-da-Evoluo-Combina-Com-o-Judasmo.htm

[4] Hanczyc MM, Fujikawa SM, Szostak JW. “Experimental models of primitive cellular compartments: encapsulation, growth, and division.” Science. 2003 Oct 24; 302(5645):618-22. Disponível em: http://www.sciencemag.org/content/302/5645/618.abstract?sid=b05eecc9-c700-4edc-b805-229704a8a918

[5] Agência EFE. “Origem da vida pode estar no barro, diz estudo” [out. 2003]. Notícias Terra, 2003. Disponível em:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI195749-EI238,00.html

[6] Yang D, Peng S, Hartman MR, Gupton-Campolongo T, Rice EJ, Chang AK, Gu Z, Lu GQ, Luo D. “Enhanced transcription and translation in clay hydrogel and implications for early life evolution.” Sci Rep. 2013 Nov 7; 3:3165. Disponível em:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3819617/

[7] Steele B. “Before cells, biochemicals may have combined in clay.” Cornell Chronicle, 2013. Disponível em:http://www.news.cornell.edu/stories/2013/11/chemicals-life-may-have-combined-clay

[8] Borges M. “A origem da vida e a teoria da evolução.” Criacionismo.com.br, 2014. Disponível em: http://www.criacionismo.com.br/2014/08/a-origem-da-vida-e-teoria-da-evolucao.html

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

"Ao infinito e além" - os lindos significados da frase eleita como a mais famosa do cinema.

Imagem relacionadaBuzz Lightyear é um personagem fictício, que apareceu pela primeira vez no filme de computação animada Toy Story (1995). Nos filmes, Buzz é um brinquedo - um boneco de astronauta - que é inspirado em um patrulheiro espacial ficticio, homônimo ao boneco. Seu nome foi inspirado no astronauta da Apollo, chamado Buzz Aldrin.
Um levantamento feito pela britânica Radio Times em 2014, revelou que  "Ao infinito e além", frase citada pelo personagem Buzz Lightyear é a frase mais famosa do cinema em todos os tempos visto que foi a mais lembrada pelos entrevistados.
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Buzz e Woody
A frase inspirou textos, crônicas e até versos de algumas músicas, entre elas a do happer brasileiro Choice que gravou com Azzy a música com um super toque de romance que tem por título o nome "Buzz Lightyear". Veja um dos versos:

"...Eu sou seu Buzz Lightyear
(você é meu Buzz Lightyear)
Vamos voar
(vamos voar)
Ao infinito e além!”
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A frase pode sim também abarcar uma interpretação romântica, expressando os sentimentos e desejos dos enamorados. Quando se está apaixonado faltam palavras para descrever ou explicar o sentimento que torna-se então impossível de ser mensurado. Quantos apaixonados usam então a expressão "ao infinito e além" para expressar o "tamanho" do amor que sentem. 

E ainda tem o aspecto do compromisso, pois a mesma expressão se encaixa no desejo de estar com a pessoa pra sempre, até o fim, até o infinito e além. Tanto que baseado nisso, foram lançados no mercado anéis temáticos como você pode ver na imagem abaixo:
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A frase expressa também um ideal de romper limites, de se superar, de alcançar lugares ainda não alcançados. Isso fez com que em abril de 2018, a China Eastern Airlines fizesse uma ação inspirada em Toy Story. A linha traz uma imersão ao universo de Toy Story desde o aeroporto até o avião. A aeronave foi customizada com o rosto de Buzz Lightyear na frente.
Avião
Para além da famosa frase, o próprio Buzz tem coisas legais a ensinar. Buzz é conhecido por sua bravura e coragem. Ele acredita que, seguir as regras é a melhor forma das pessoas viverem a vida. Embora um grande líder, às vezes ele pode ser muito emocional.
Buzz traz uma dura lição do choque de realidade quando descobre que a sua existência não passava de um programa pré-fabricado pela indústria de brinquedos. Buzz vê "a si mesmo" numa propaganda na tv, onde o fabricante anuncia o produto Buzz Lightyear e suas especificações, inclusive as falas pré-programadas que Buzz repete como suas. 

E uma frase decisivamente choca Buzz: “esse produto não voa”. Perplexo, desiludido, vive uma crise existencial, mesmo assim Buzz tenta voar pulando do alto de uma escada o que não dá nada certo.
"Buzz acredita piamente conseguir voar de verdade e nada no mundo o convence de que o seu raio laser desintegrador não passa de uma inócua luzinha vermelha.
Tendo fé cega em si mesmo e em seu poder, consegue façanhas incríveis, salvando seus amigos das piores enrascadas além de, é claro, lutar contra o maldoso Imperador Zurg, inimigo da honestidade e da justiça.
Buzz Lightyear do Comando Estelar, “fé, força e coragem”um brinquedo, personagem de uma animação cômica voltada ao público infantil, nos ensina a ter fé e coragem, acreditando na sua própria força independentemente do que seja dito em contrário.
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Seu lema, “Ao Infinito e além“, demonstra propósito firme na vida (o infinito) e inconformidade (lá chegando, ir além). Buzz, o amigão valente de brinquedo, também ensina outros valores imprescindíveis aos seres humanos de bom caráter, como auto-estima, respeito, lealdade e perseverança.
Sem esquecer de que para o espírito sedento por luz os grandes exemplos podem estar em qualquer parte, sejamos nós mesmos como pequenos Buzz Lightyears de verdade e, parte do mesmo Comando Estelar, levantemos nossas cabeças rumo ao infinito, seguindo sempre além*."
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Daniel Bastos
ReferÊncia:
*a parte entre aspas (com exceção da figura), foi retirada de: http://blog.oleschmitt.com.br/reflexoes/ao-infinito-e-alem

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Sobre Jesus e Krishna

Havia um cara que, dizem, teria nascido de uma virgem. Nascido de descendentes dos reis legítimos, em um período em que seu país encontrava-se na mão de ursupadores, nem um pouco ligado às tradições religiosas ou ao bem do povo.

O nome pelo qual passou a ser conhecido no Ocidente, embora na verdade falado em outra língua, lembra o conceito grego de Christhos, ou os radicais presentes no "Espírito Crístico"

Várias profecias indicavam que este menino poderia vir a ser o Rei, embora alguns achassem que isso seria no sentido religioso, e outros, no sentido político.

As pessoas esperavam um salvador. Este seria uma encarnação do segundo aspecto de Deus, que é um só, mas se divide em três.

O rei ursupador, de família ilegítima, mandou MATAR todos os primogênitos, forçando os pais do salvador que fugissem com ele.

Foi criado de forma aparentemente humilde, mas dava mostras de sua sabedoria. Deixava escapar também traços de erudição que indicavam educação primorosa (talvez patrocinada pelos que apoiavam a família real que tenta voltar ao trono).

Após uma infância pouco documentada, deu algumas mostras de seu poder na adolescência.

Após mais algum tempo, em idade adulta jovem, se revelou como presença divina. Sua presença coincide com uma época de grandes conflitos. Durante esta fase de ocupação de suas terras e tentativas de revolução, faz questão de deixar claro que precisamos separar o que é de Deus, notando que o impermanente não é deste mundo.

Quebra paradigmas, ensina morais estranhas, faz questão que cada um cumpra o que é seu papel. Ensina, literalmente, que ELE é o CAMINHO até o Pai. Que é necessário fazer os trabalhos, mas que podemos ofertar a Ele, nos unirmos a ele, que é Caminho, que é Verdade. Não porque ele seja egóico, mas porque ele está ligado com o Criador. E é dificil para nós nos ligarmos com o intangível, mas dá para nos ligarmos com um salvador conhecido. Como ele é ligado a Deus, nos ligando a ele pegamos "carona"...

Acaba sendo morto ainda jovem, de forma trágica, pouco depois de sua revelação como Presença Divina.

Não escreve nada, mas alguns registram parte da sua vida, especialmente as próximas da morte, onde despeja toda a sua sabedoria. Os trechos registrados são pequenos, mas capazes de mudar nossa noção religiosa de causa e conseqüência, trazendo nova luz sobre a natureza do espírito, e sua sobrevivência ao corpo.

Os poucos capítulos sobre sua vida em presença divina são inseridos, como parte das escrituras sagradas, e são traduzidos para praticamente todas as línguas do mundo. (11) O livro com a vida do Deus Vivo é mais popular e citado, individualmente, do que a própria obra religiosa maior que o contém.

Antes de morrer, deixa claro que irá voltar, no futuro. Fazem religião em seu nome, mas ele mesmo nunca foi adepto destes preceitos religiosos, até porque nunca fundou religião alguma, nunca foi moralista, nunca foi de trocar sabedoria por rituais, e não podia freqüentar o que só fizeram depois dele.

Conhece esta história? Coincidência ou não, estamos falando de Krishna, que viveu em 3.000 a.C., na Índia.


Escrito por Lázaro Freire


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Certa vez, para dar uma lição de humildade, 
Krishna lavou os pés de um Brahmin chamado Sudhama...

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Lord Jesus And Lord Krishna by Sundara Fawn


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Daniel Bastos


Buda, Krishna e Jesus - aproximações de seus ensinos e pensamento.

"Católico, evangélico, budista, macumbeiro, corintiano

espírita ou ateu
Todo mundo busca a paz interna, tâmo aqui pra ser lanterna
Foi assim que Ele escreveu
Palavras e palavras e palavras
E ainda acham que o deus do outro não pode ser meu

Tem horas que a gente se pergunta

Por que é que não se junta tudo numa coisa só?"


Os versos acima são um trecho da música "O Tudo É Uma Coisa Só" do grupo músico-teatral "O Teatro Mágico". 
Vejo cada religião como uma bela sinfonia, diferentes entre si, tal como as diferenças que percebemos ao ouvir uma sinfonia de Mozart, Beethoven ou Bruckner. Diferenças estéticas à parte, somos capazes de apreciar o que cada uma delas tem de melhor. No fim, todo compositor possui os mesmos recursos: uma pauta de cinco linhas e sete notas. A única diferença é a maneira como elas se organizam.
Na tentativa de construir um só diálogo,  retirei  as falas de Krishna da Bhagavad Gita, as falas de Jesus Cristo dos Evangelhos e as falas de Siddharta Gautama do livro “A Doutrina de Buda”. Os ensinamentos desses três podem ser tão similares, que foi preciso pouco esforço para construir tal diálogo.
Buda: A causa do sofrimento humano encontra se, sem dúvida, nos desejos do corpo físico e nas ilusões das paixões humanas. Os homens se apegam obstinadamente à vida de riqueza e fama, de conforto e prazer, de excitamento e egoísmo, sem saber que estes desejos são a fonte do sofrimento humano.
Krishna:  Sábios dotados de perfeita sabedoria não se apegam aos frutos do seu trabalho, e com isto se libertam para sempre da escravidão de nascimento e morte, e atingem o estado de beatitude absoluta.
Cristo: Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem, onde os ladrões penetram e roubam. Acumulai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça nem a ferrugem os destroem, onde os ladrões não penetram nem os roubam. Pois onde está o tesouro, aí também está o teu coração. 
Buda: O rico se preocupa com seu patrimônio; preocupa-se com sua mansão ou outras propriedades. Aflige-se, enfim, com o desastre que lhe possa acontecer: incêndio em sua mansão, roubos ou sequestro. Preocupa-se com a morte e a disposição de sua fortuna. Com efeito, seu caminho para a morte é solitário: ninguém o acompanhará em sua morte.
Cristo: Por isso vos digo: não vos dê cuidados a vida, o que haveis de comer e o que haveis de beber; nem o vosso corpo, o que haveis de vestir. Não vale, porventura, mais a vida que o alimento, e o corpo mais que a vestimenta?
Krishna: Quem a tudo renuncia, jubiloso, alcança, já agora, a mais alta paz de espírito; mas quem espera vantagem das suas obras é escravizado por seus desejos.
Buda: Muitos homens, por alimentar o amor ao bem-estar do corpo, não percebem os males que seguem o conforto (…)   Estes desejos, que surgem das diferentes sensações, são as mais perigosas armadilhas. Sendo apanhados por elas, os homens se enredam nas paixões mundanas e sofrem. Devem aprender um meio pelo qual possam escapar dessas ciladas.
Cristo: Não andeis, pois, inquietos, nem digais: que havemos de comer? Que havemos de Beber? Com que havemos de nos vestir? Os mundanos é que se preocupam com todas essas coisas. Vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas. Buscai, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo.
Buda: Se o desejo, que se aloja na raiz de toda paixão humana, puder ser removido, aí então, morrerá esta paixão e desparecerá, consequentemente, todo o sofrimento humano.
Krishna: Porque quando o homem é perfeitamente liberto de todos os desejos do ego finito e alcança a paz da alma pela realização do Eu divino, então é um homem de perfeita sabedoria.
Cristo: Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Buda: O meio de vida, isento de toda a paixão mundana e do sofrimento, somente é conhecido através da Iluminação.  Aqueles que buscam a Iluminação devem sempre se lembrar da necessidade de manter constantemente puros o corpo, a fala e a mente.
Cristo: Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Krishna: Entretanto, árduo é esse caminho para os que procuram encontrar o Imanifesto por meio de um amor afetivo; difícil é esse caminho para os que ainda vivem em corpo carnal.
Cristo: Entrai  pela porta estreita. Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição – e são muitos os que entram por ele. Quão apertada é a porta e quão estreito o caminho que conduz à vida – e poucos são os que acertam com ele!
Buda: É muito difícil seguir o caminho da Iluminação, mas será muito mais difícil, se os homens não tiverem a mente para procurar este caminho. Sem a Iluminação, haverá infindável sofrimento neste mundo da vida e da morte.
Krishna: Verdade é que o saber espiritual é melhor que o fazer material; porém, melhor que ambos é o amar integral – e isso requer total desapego; quem a tudo renuncia por amor, este está perto da meta final.
Buda: Para se manter o corpo puro, não se deve matar qualquer criatura vivente, não se deve roubar ou cometer adultério.
Cristo: Tendes ouvido que foi dito aos antigos: não matarás e quem matar será réu em juízo, Tendes ouvido que foi dito: “Não cometerás adultério”.
Krishna: Quem não quer mal a ser algum e, liberto do ódio e egoísmo, é benévolo para com todas as criaturas; quem permanece fiel a si mesmo, no prazer e no sofrimento, sempre sereno e paciente, este me é querido.
Cristo:  Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Buda: O Esforço Correto significa dar o melhor de si, com diligência, para realizar nobres ações.
Krishna: Quem dá esmola em tempo e lugar corretos, de espírito alegre e por compaixão, inspirado no senso do dever, sem nada esperar em retribuição – este também é guiado pela sapiência da razão.
Cristo: Quando, pois deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que tua esmola fique às ocultas; e teu Pai, que vê o que é oculto, te há de recompensar.
Buda: Para se manter pura a fala, não se deve mentir, abusar, ludibriar ou se perder em vãs conversas.  Mas evitar as palavras falsas, inúteis, abusivas e ambíguas.
Krishna: Quem age indeciso, sem rumo certo, sem jeito nem critério, procurando iludir os outros – este age sob o signo do desmazelo.
Cristo: Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.
Buda: Para se manter pura a mente, deve-se remover toda a cobiça, ira e o falso julgamento.
Cristo: Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir vós.
Krishna: E ainda que a mente volúvel se rebele e tente fugir para longe, disciplina-a pela força do amor e a reconduz ao Ser Supremo.
Buda: À mente impura seguem atos impuros e estes trarão sofrimentos. Assim, é de suma importância que se conservem puros a mente e o corpo.
Cristo: O que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
Krishna: Realmente perseverante é o homem quando domina os impulsos do coração, a força vital e os sentidos – e isso provém do conhecimento da Verdade.
Cristo:  E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará.
***
Por Fábio Almeida (bacharel em administração de empresas, especializado em filosofia, teologia e história)
Fonte

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Daniel Bastos

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

É a jornada interna que importa - o labirinto como símbolo da busca de Si-mesmo e de Deus.

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A origem oculta da palavra labirinto vem do Latim "Labor-Into", 
        ou trabalho íntimo, trabalho interior. 
E não é à toa.
Buscar a si mesmo é um Labirinto Sagrado.
Um trabalho interior sagrado.

Os labirintos vêm de épocas muito antigas, no Antigo Egito, por exemplo, foram encontrados no formato quadrado e retangular. Os labirintos em formato circular surgiram somente por volta do século VII a. C. É um espaço criado de forma artificial, com diversas passagens e caminhos, deixando a pessoa muito confusa em encontrar a saída, por vezes sentindo ser quase “impossível” encontrá-la. Contudo a finalidade de um labirinto pode ser justamente  auxiliar o indivíduo a encontrar o caminho para fora, mas não de um jeito fácil. Bem semelhante a nossa jornada de vida não é?

Antigamente, os labirintos eram também usados como uma armadilha. Já os medievais, o tinham como forma de representação do caminho do homem para Deus, tendo inclusive a presença de labirintos nas Catedrais como é o caso da Catedral de Chartres na França.
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Há muitos detalhes a respeito da magnífica Catedral que enriquecem o sentido simbólico do labirinto. Conta-se que ela fica localizada sobre restos arqueológicos de outras igrejas, ou mesmo de um templo romano, ou ainda acima também de um poço druida, que ainda pode ser visto ao visitar-se a cripta da catedral. Assim, esse labirinto conecta-se com uma série de outros elementos simbólicos que despertam arquétipos de nosso  inconsciente coletivo. 

O mundo exterior é forma de mudança de energia, uma mera ilusão. Sua vida interior, suas estradas internas, carregam a marca da eternidade. Você tem o universo. Você tem o divino. Você é consciência. Tudo que você vê, observa, observa, ouve, come, ri, tira sarro, gosta e não gosta, resiste e se entrega é o universo se vendo, se compreendendo e se reconhecendo. 

Atravessar o marco que separa o labirinto do mundo exterior pode ser um desafio para o caminhante. Depois de iniciados os primeiros passos há o desafio da fé de que vale a pena prosseguir. Essa crença implica em esperança, embora haja a indefinição do trajeto que está por vir. As dobras e aparentes retornos são também um desafio à paciência, ao relaxamento, à espera.

Você, como a carta de tarô do Tolo , está em uma jornada, busca e aventura. A jornada de quem você é, como um círculo sagrado, o levará de volta.  

No labirinto de Chartres, o caminho, de ida é o mesmo da volta. No entanto, para aquele que caminha existe a impressão de ter ido por um caminho e voltado por outro. É forte a sensação de se ter entrado por uma passagem e de se ter saído por outra. Esse é um dos efeitos decorrentes do engenhoso desenho do labirinto. Esse desenho possui o que é chamado de "geometria sagrada" e remete à possibilidade de "transcender" seus próprios traçados e apontar para significados que estejam além da realidade imediatamente captada pelos sentidos. 

Sua jornada começa com você. Isso termina com você. Você pode viajar para as margens do seu quintal ou para os confins do mundo. É a jornada interna que importa. Todo o resto? Sombras e poeira. 

Cada dia que você acorda, o mistério de quem você é se desdobra um pouco mais. Você avança, para trás ou para os lados no seu caminho, mais perto ou mais longe de seus objetivos. Você acelera no controle de cruzeiro às vezes. Outras vezes, você se encontra perdido em moitas espinhentas ou ofegando por ar em areia movediça. 

No labirinto interno você descobre que existem variações múltiplas de si mesmo. Traços da sua personalidade, impressões que você construiu ao longo do caminho. Todos estão lá. É bem o que expressava o grande poeta Fernando Pessoa: "Cada um de nós é vários, é muitos, é uma prolixidade de si mesmos".

"Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.

Como o panteísta se sente árvore e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."
(Fernando Pessoa)
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Todos nós instigamos causa e efeito com nossas ações e reações. Nós enchemos o mundo com nossa energia. Nós gastamos isso com sabedoria nas coisas que amamos, reinvestindo energia em nós mesmos ou dando para outras pessoas e coisas. 

Cada dia da nossa vida, nos aproximamos da morte. A rica colheita de agosto e a luz dourada se rendem às sombras cada vez mais profundas do equinócio de setembroVale a pena se render. Não é fácil, mas é lindo. É por isso que estamos aqui. Pratique a arte da rendição. Se você deixar a passagem de Verão para o Outono ser o seu professor, você se torna mais do que você fora do tempo linear.

Um mapa é essencial para qualquer jornada. Nos dias de hoje, usamos mapas de telefone celular que se encaixam perfeitamente na palma de nossas mãos. Se você estivesse por perto na década de 1970, você se lembraria de mapas de viagens gigantes encontrados em poltronas de vinil e nos compartimentos de luvas empoeirados do carro dos viajantes. 

Os povos antigos faziam mapas de rolagem manualmente. Homens e mulheres olhavam para o firmamento antes da invenção do papel. Constelações em um céu noturno cristalino e livre de poluição foram usadas como guia, enredo e plano. Mapas nos mostram paisagens; eles revelam a configuração da terra para que possamos nos orientar. Os mapas nos informam onde encontrar coisas como postos de gasolina, lojas de conveniência e a casa de nossos amigos. 

No entanto, os mapas mais emocionantes, os mapas mais raros, desejados e cobiçados, mapas pelos quais as pessoas derramaram sangue e perderam suas vidas, são mapas do tesouro. Se você está procurando o mapa do tesouro de sua alma, não procure mais do lado de fora. Olhe para dentro.

 É mais fácil pensar no labirinto como algo que está ali como uma espécie de jogo, de truque ou armadilha. Difícil é achar que pode ser uma ferramenta, um instrumento de quebra da rotina, um espaço sagrado só seu.

Sua resposta à espiritualidade, ao sobrenatural, à criatividade, etc., é interior e altamente pessoal. Não há duas pessoas que experimentem o mistério da mesma maneira. O amor, especialmente o amor novo, nos enche de sentimentos de drogas semelhantes à endorfina. É uma sugestão, um suspiro do amor extático que te criou. Uma vez que você realmente "vê" um ao outro e se reconhece, como o beijo de um amante, um Big Bang explode. Seu Big Bang interior acontece sempre que a profundidade das coisas essenciais da existência vibram em você.

Você se encontra respondendo a velhos hábitos e comportamentos de uma maneira diferente. Padrões mudam. Os velhos desafios estão com uma clareza e soluções súbitas. Você se torna mais de quem você é. O mistério de quem você é desdobrado. As sementes de tudo o que você é, tudo que você precisa, está bem ai. Sua psique, espírito, paixões e corpo formam um kit auto-sustentável com muito do que você precisa. 
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Espero que você cuide do jardim da sua alma. Espero que você faça uso dos presentes envolvidos e confiados profundamente dentro de você. Que seus presentes lhe tragam alegria. Você faz do mundo um lugar mais bonito, compartilhando-os. Eu espero que você permaneça fiel ao seu caminho.



labirinto da
“Estamos todos no caminho, 
exatamente onde precisamos estar” 





desejo felicidadeS🙈🙉🙊

'MEMENTO MORI'💀




Daniel Bastos



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